O que se fala sobre a Epilepsia?
Durante muito tempo e até hoje, em alguns lugares, vemos pacientes com epilepsia “esconderem” seu diagnóstico pelo simples fato do preconceito ainda existir.
Sem dúvida essa discriminação ainda persiste devido à falta de conhecimento das pessoas em relação à doença.
Mitos sobre a doença
O primeiro mito a ser derrubado é que a epilepsia é uma doença contagiosa. Por muito tempo, pensou-se que a saliva “transmitia” a doença para quem tivesse contato.
A saliva possui os riscos de transmissão como qualquer secreção biológica, mas, ela, definitivamente, não “transmite” epilepsia.
Em segundo lugar, é importante alertar que durante a crise epiléptica a língua do paciente “não enrola”. Assim, em hipótese alguma, coloque a sua mão dentro da boca de um paciente durante a crise.
Além de não ajudar em nada, você ainda corre o risco do paciente te machucar e te morder com muita força, já que a força muscular da mandíbula (também conhecido como trisma) pode ser realmente muito forte.
Por último , mas não menos importante, a epilepsia não é uma doença mental! A epilepsia é uma doença neurológica e deve ser tratada com todo o respeito que qualquer outra doença, seja ela neurológica, cardiológica, psiquiátrica etc.
Cuidados que se deve ter
Quanto aos cuidados com a Epilepsia, temos alguns pontos a serem levados em consideração e discutidos de forma objetiva e constante com seu médico:
- Mulheres em período fértil devem planejar, junto ao seu neurologista e obstetra, o período em que querem engravidar, além de atentar-se à eficácia dos anticoncepcionais quando utilizados com medicamentos anticonvulsivantes e ao uso de suplementação vitamínica, quando necessária;
- Pacientes com epilepsia devem solicitar liberação médica para dirigir;
- Oriente sempre seus acompanhantes, familiares, colegas de trabalho acerca das medidas a serem adotadas durante a crise epiléptica.
- Não é necessário abrir a boca, desenrolar a língua ou segurar os braços;
- É fundamental proteger a cabeça contra possíveis traumatismos em quinas e/ou no chão;
- O paciente deve ser virado de lado (evitando assim a broncoaspiração de possível secreção/ vômito);
- Após a crise epiléptica, mantenha o paciente calmo e explique o ocorrido (em algumas situações, o paciente pode perder e consciência e acordar desorientado, agitado, ou até agressivo).
Ponto de atenção
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